TERESA VIANA
2017 Tatiane Santa Rosa
2016_Mario Gioia
2012_Ana Magalhães
2009_Jose Bento Ferreira
2007_Ricardo Resende
2005_Afonso Luz
2005_Juliana Monachesi
2002_Fernando Oliva
2001_Taisa Helena P. Palhares
1999_Stella Teixeira de Barros
1999_Nancy Betts
1998_Maria Izabel Branco Ribeiro
1996_Tadeu Chiarelli
1996_Maria Alice Milliet
imprensa / press
2001_Fabio Cypriano
2001_Cristina R. Duran
1999_Cristian Avello Cancino
1999_Ana Weis
1999_Francesca Angiolillo
TERESA VIANA - desenhos
Texto publicado no catálogo da exposição de desenhos no Escritório de Arte Rosa Barbosa, SP.
Branco e vazio o papel invoca e provoca uma ação. Para o artista, como resistir a essa tentação de insuflar forma e movimento a este campo aberto a possibilidades? A possibilidade é o que estimula o gesto a romper a inércia e escorregar, deslizar sobre a superfície do material e fazer existir a linha, o desenho.
A artista institui o fazer neste gesto seminal e vai construindo seu texto; cada linha tem sua trajetória que ao se articular com outras por acúmulo, vai adensando o organismo da composição. As camadas de cor, geralmente monocromáticas, tanto podem estar sob como sobre o desenho. No primeiro casa, as linhas, ao serem esmaecidas pelas pinceladas, criam a impressão de que a trama adentra uma região mais profunda do papel. Os mecanismos de elaboração do trabalho acionam uma dinâmica que organiza a direção do olhar para as áreas condensadas de informação efetuadas no plano, ao mesmo tempo em que supomos também "entrar" no desenho. O espaço é preenchido até a exaustão, ou seja, o ponto no qual a aparência é ser.
Desta expressividade resultam dois estados contrários: os trabalhos que envolvem um teor de concentração de traços em conjunção com um ritmo em cadeia produzem inóspitas, desertas, áridas, tecidas com fios secos e duros ao sabor de um ímpeto contundente e que desencadeiam um efeito de estranho isolamento e, aqueles cuja descontinuidade das linhas com uma tensão mais espaçada flutuam como fragmentos soltos na topologia do campo, criando um sentido de paisagens inacessíveis, porém tranquilas e silenciosas.
Juntos na exposição, os desenhos formam um corpo de trabalho no qual a totalidade confirma a consistência do discurso e reafirma as ressonâncias que intimamente ligam e relacionam as unidades-desenhos do construto imagético traçado.